O chá, as camélias e o mar
Nunca tinha visto uma plantação de chá nem tantas cameleiras juntas. Por sua vez, este mar da Ribeira Quente que aqui veêm, já foi testemunha em 1997 de uma grande catástrofe. O homem, a natureza e os elementos têm juntos grandes momentos de beleza e também de enorme tragédia.
Pelo caminho, vindos de um carreiro, com capas garridas, os romeiros da Quaresma, grupos de homens que durante sete semanas da Quaresma percorrem a ilha a pé rezando junto das igrejas e capelas. Depois da beleza das paisagens, da terra que a gente não pode domar, da lagoa encantadora, ferida pela inépcia humana, dos pastos verdes que percorrem a ilha e lhe dão alimento, foi a imagem desta devoção que se mantém comovida no regresso e que a intimidade me impede de revelar.
Para além da terra, do mar, das fumarolas, foram as gentes desta ilha verde que me prenderam. Curiosamente, algo semelhantes às da minha terra: a insularidade e a interioridade.
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