Ainda bem que o mata-mouros não ganhou
Salazar perseguiu e torturou, por vezes até à morte, os seus opositores. Nesta sessão final dos Grandes Portugueses ficou claro que o mesmo fizeram D. João II e o Marquês de Pombal - já para não falar em D. Afonso Henriques, que começou por espadeirar contra a própria mãe. Fica-se com a sensação de que vários destes "grandes portugueses" eram afinal gente pouco recomendável.
Por mim, tal como a Clara Ferreira Alves, teria votado em Fernando Pessoa (oitavo classificado, 2,4%). Um homem que nunca conheceu ninguém "que tivesse levado porrada". E além disso não era bêbado nem homossexual, como garantiu uma sua sobrinha, presente na assistência.
Também teria votado de bom grado em D. Afonso Henriques (quarto lugar, 12,4%), que a Leonor Pinhão quis transformar em herói progressista avant la lettre. Mas, aqui para nós, ainda bem que não ganhou: só o facto de ter morto todos aqueles mouros seria motivo mais do que suficiente para Portugal sofrer um atentado da Al-Qaeda. Safa!