terça-feira, janeiro 09, 2007

Não matar: um absoluto moral

Estranho algumas reacções de regozijo ao bárbaro enforcamento de Saddam Hussein, sobretudo oriundas de quem se intitula cristão. A macabra execução do ex-ditador iraquiano, filmada em todas as fases e com imagens já disponíveis na internet, só pode suscitar uma atitude de repúdio categórico – equivalente ao que ocorreu no dia de Natal de 1989, quando foi “julgado” e sumariamente executado o casal Ceaucescu, na Roménia – por mais repugnantes que tivessem sido os crimes que cometeu. Não matar, para mim, é um absoluto moral. Nenhum argumento de outro tipo pode sobrepor-se a este, sob pena de ruir todo o edifício civilizacional que, mal ou bem, temos vindo a construir através dos séculos.