Música no Coração
De parabéns está Filipe La Féria e toda a equipa que no teatro Politeama produz a esplêndida adaptação do musical “Música no Coração” de Rodgers e Hammerstein a que tive o privilégio de assistir em família na tarde de sábado que passou. Os cenários, as vozes, as crianças, a Anabela, o Carlos Quintas (sempre igual, vista o que vestir e diga o que disser), tudo está no ponto, numa afinação e grandiosidade eloquente. Um musical de encher o olho e os ouvidos, para sairmos com o coração confortado. De realçar que o velho “calcanhar d’ Aquiles” das produções musicais no nosso país, a orquestração e a sonoplastia, pareceu-me que desta vez foi definitivamente resolvido: impecável e ao melhor nível do que é praticado em Londres – sem exagero. Lembro-me como me desiludi com a sofisticada peça “My Fair Lady” do mesmo La Féria: a orquestra em certos pontos mais vigorosos ou subtis soava uma cacofonia, um incómodo sinal do subdesenvolvimento desta indústria em Portugal.
Assim, o espectáculo desta vez encheu-me as medidas, para mais quando, comovido, me apercebi de que este tocou fundo na miudagem, mesmo nos meus dois irreverentes adolescentes.
Assim, o espectáculo desta vez encheu-me as medidas, para mais quando, comovido, me apercebi de que este tocou fundo na miudagem, mesmo nos meus dois irreverentes adolescentes.
Etiquetas: Espectáculos, Música