Orgulho… e preconceito!
Ontem aguentei estoicamente em pé quase duas horas de mais uma inevitável (e interminável) festa de Natal do colégio da minha filha pequena. Durante o garboso evento os meus sentimentos balançaram entre o desespero provocado pelo calor e pelo cansaço, e a comoção de pai babado. Várias vezes durante a festa fui diabolicamente tentado a pedir à minha mulher, grávida de sete meses, que me cedesse o lugar por uns minutos. Mas aguentei-me como um Senhor. No final, enquanto as mães trocavam intermináveis palavras de circunstância, e eu, já ansioso, vestia o casaco à miúda, uma insolente amiguinha sua perguntou-lhe… se eu era o seu avô! O coração caiu-me ali aos meus sacrificados pés.
Foi então que, por vergonha, desisti da intenção de repousar um pouco, discretamente, numa cadeira ao canto. E resisti ali, bem vertical, enquanto duravam as intermináveis despedidas das amorosas senhoras mães. Velhote sim, mas enxuto e orgulhoso!
Foi então que, por vergonha, desisti da intenção de repousar um pouco, discretamente, numa cadeira ao canto. E resisti ali, bem vertical, enquanto duravam as intermináveis despedidas das amorosas senhoras mães. Velhote sim, mas enxuto e orgulhoso!