A lei da vida
Há muitos anos que não vejo telenovelas brasileiras. Mas de vez em quando, ao fazer zapping, deparo na SIC com actores que conheci outrora, quando acompanhava os episódios diários destas produções da Globo. E reparo nas diferenças: cabelos brancos, gorduras acumuladas, rugas em profusão. Eles e elas foram envelhecendo. Como todos nós. E então penso: quantos actores conhecemos ainda bem jovens e que foram entretanto “amadurecendo”, em paralelo connosco? Lembro-me de um Robert de Niro novíssimo, em filmes como Taxi Driver, New York New York e O Touro Enraivecido – o actor então em início de carreira tornou-se um respeitável ancião. O mesmo aconteceu com Jane Fonda, deslumbrante em O Regresso dos Heróis ou A Síndroma da China. E Diane Keaton, “estrela” de Annie Hall e Manhattan. E Robert Redford, que brilhou em Os Três Dias do Condor e Os Homens do Presidente. E Richard Gere, cabeça de cartaz em Dias do Paraíso, Oficial e Cavalheiro e Cotton Club. E Vanessa Redgrave em Julia e Yanks – para mencionar apenas longas-metragens que vi em estreia já distante...
É inevitável. Por maiores que sejam os truques do cinema, os efeitos da lei inexorável da vida reflectem-se em todas estas vedetas da televisão ou do celulóide. Como em cada um de nós.
Na imagem: Liza Minnelli e Robert de Niro em New York, New York (1977)
É inevitável. Por maiores que sejam os truques do cinema, os efeitos da lei inexorável da vida reflectem-se em todas estas vedetas da televisão ou do celulóide. Como em cada um de nós.
Na imagem: Liza Minnelli e Robert de Niro em New York, New York (1977)