Um caso clínico
Vasco Graça Moura está evidentemente repleto de razão. Esta delirante forma de ocupar o tempo livre que foi - ainda é - a TLEBS só pode ter surgido da cabeça de quem não tem nem filhos, nem alunos. Ou, então, de quem vive num satélite qualquer em órbita de outra galáxia que não a da realidade do nosso ensino.
Poucos dias depois de uma notícia sobre a utilização da «linguagem» sms pelos alunos em exames e provas, o Ministério continua a batalhar para a adopção de terminologias gramaticais que só são perceptíveis a quem ainda saliva de prazer com as brincadeiras semióticas e semiológicas da geração de Saussure e seus seguidores.
Nós, pais, queremos que os nossos filhos leiam, porra! E que tirem da leitura o prazer que um bom livro merece. Nós, pais, não queremos ser forçados a diminuir as poucas horas de sono que nos restam, caraças! Porque seremos obviamente nós - aqueles que têm as bases para fazê-lo - a ter de explicar aos nossos filhos as inovações descabeladas dos pedagogos burocratas.
Alguém explica a este gente como ganhar juízo, ou lhes arranja algo de útil para fazer em lugar de usar-nos como cobaias de experimentalismos demenciados?