Uma dor de alma
A respeito da posta do João Villalobos aqui em baixo, acontece que eu, integrado na organização, acompanhei de perto algumas cimeiras de Chefes de Estado. Sempre deu para constatar o grau de anonimato dos nossos representantes, já para não falar do nosso insignificante peso político nos variados contextos. Nestas “feiras de vaidades” não fossem os protocolos e banquetes organizados, ou então a patriótica lealdade dos jornalistas, corpo diplomático e restante staff acreditados, muitas vezes os nossos mais altos dignitários ficariam a falar para o boneco.
Não mais me esqueço do que vi quando em Dezembro de 1997 eu integrava a comitiva de António Guterres na Cimeira Ibero-Americana na Ilha Margarita (Venezuela): à passagem da comitiva de Juan Carlos, o povo em vinha à rua em festa, tapetes nas janelas e “vivas ao Rei”. Aliás, para os venezuelanos, tão popular quanto o monarca dos seus ex-colonizadores só o amigo Fidel. Dá que pensar.