A Festa das FARC
O Pedro sugere, a partir de Itália, que o Corta-Fitas se associe a esta causa. E eu concordo e acho que o PCP devia explicar-se em termos muito sérios. Não basta vir um qualquer organizador da Festa do Avante dizer o que é óbvio, tem que ser mais alto. Alguém na Soeiro Pereira Gomes, se possível o afável Jerónimo, tem que explicar isto. Mais: o secretário-geral dos comunistas, homem sério, deveria fazer com que o infeliz episódio tivesse consequências drásticas para os responsáveis pelo convite à delegação da revista "Resistência", que apoia os membros das FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Ou a quem intercedeu para que eles viessem. A quem facilitou e assobiou para o lado. O caso da demissão de Carlos de Sousa, salvo as devidas distâncias, deve aqui servir de exemplo e também na Festa têm que rolar cabeças. Caso contrário, há dois pesos e duas medidas. Portugal pode ser o que é, mas é um Estado democrático e respeitador dos direitos humanos e políticos. Os camaradinhas do PC deviam saber disso e os modernaços do Governo podiam explicar como é que aquela gente entra assim, sem mais, no País. Presumindo que as FARC ainda são consideradas uma organização terrorista pela União Europeia, então como é que os seus simpatizantes se movimentam em Portugal como se nada fosse? Ainda temos SEF e serviços secretos, não?