Obrigado e um queijo
Recebi hoje as mesmas não sei quantas páginas habituais, que almas supostamente bem intencionadas me enviam com regularidade semestral para a caixa do correio.
Não lhes interessa um chavelho que eu não tenha carta de condução. Para os emissários, o importante é que não seja apanhado em transgressão, por essa «máfia perigosa» que é a polícia das estradas.
Desta vez, o aviso descreve com detalhe onde estão os radares, quais os modelos de carros utilizados pelas autoridades e até, imagine-se, as matrículas. Face a este gesto de solidariedade nacional, só comparável ao cordão humano para a independência de Timor Leste, não há muito a fazer.
São os mesmos que piscam os faróis em jeito de aviso cúmplice para avisar a proximidade da «bófia». São os bem intencionados cidadãos portugueses. Para eles, o meu profundo descontentamento por existirem.