Sobre o futuro da imprensa escrita I
A visão surrealista repete-se ultimamente de manhã quando apanho o comboio da linha do Estoril para Lisboa: dezenas de passageiros, sentados ou em pé de cara tapada a ler o jornal. Mas não. É apenas o Destak. Hoje até com um caderno especial sobre saúde. Verdadeira Kultura: “De como a relação de amizade tende a acabar com o sexo” ou “Emagrecer e a comer”!
Ao fundo, contra a corrente, detecto um verdadeiro intelectual: de farta bigodaça e óculos de ver ao pé, folheia atentamente o Correio da Manhã.
E depois disto, chegados ao destino, qual será a motivação para verdadeiramente se lerem as notícias do mundo a 0,85 €?