Lisboa de faca e garfo (4)
Acho injusto não terem sido eleitos a Travessa e o Santo António de Alfama, dois restaurantes que aprecio muito. Também o Gambrinus, o XL e o Solar dos Presuntos mereciam uma distinção especial. Incompreensíveis parecem-me algumas escolhas do júri (que integrou também Alfredo Hervias y Mendizábal, David Lopes Ramos, Gabriel Alves, Helena Sacadura Cabral, José Bento dos Santos, José Quitério, Maria de Lourdes Modesto, Teresa Silva e Vasco d'Avillez, além do Duarte e do presidente da Fundação Oriente). Por exemplo, alguém votou no decrépito Martinho da Arcada como melhor restaurante "variado". Houve quem elegesse o Kais e a Casa da Comida como melhores restaurantes "portugueses" de Lisboa, e o Poleiro como o melhor entre os "bons e baratos". Se o Poleiro é barato, vou ali e volto já...
De qualquer modo, é uma edição para comprar. E guardar. São 146 páginas do melhor que já se produziu no estrangeiro sobre gastronomia portuguesa. A Veja está de parabéns.