A Igreja que eu conheço II
Como atrás descrevi tenho o privilégio de conhecer bem alguns exemplos vivos de autênticos heróis e heroínas da vida real e quotidiana. Indivíduos de acção, voluntários ou profissionais que num exercício diário de entrega e imitação de Cristo servem com todo o seu amor o próximo e a comunidade em que vivem. Nesse sentido parece-me da minha obrigação elementar dar testemunho em próximos posts de três exemplos que conheço bem de perto: O “Projecto Homem” da Associação Vale de Acór em Almada, do Padre Pedro Quintela e sua equipa, instituição criada para a recuperação de toxicodependentes por onde centenas de rapazes e raparigas já tiveram passagem libertadora. Outro será o projecto do nosso Padre Armindo, o sonho da reabilitação do Bairro do Fim do Mundo, na Galiza aqui na paróquia do Estoril, pela construção da Igreja e Centro Social de Nossa Senhora da Boa Hora.
Finalmente apresentarei os Casais de Sta. Isabel, iniciativa apadrinhada pelo Cónego Carlos Paes, prior da paróquia de S. João de Deus para a criação e desenvolvimento de equipas de catequese para casais “recasados”. Um projecto integrador da Igreja que somos nós, já disseminado em muitas “equipas” (uma das quais a minha mulher e eu orgulhosamente integramos) por este país fora.
Conheço estes três projectos de perto assim como algumas das pessoas que aí empregam as suas forças, o seu tempo e vontade, quando não quase toda a sua existência. E sei que há muitos e muitos mais. São milhares de vidas anónimas de pessoas que agem e se entregam diariamente pelos outros. Com muita devoção e oração superam as suas limitações, sem lamentos e sem descanso, numa imitação de Jesus Cristo em prol de um mundo melhor, mais digno, livre e justo. E rezam terços a Nossa Senhora, sim senhor! Como eu os admiro e invejo. Estes que me fazem todos os dias acreditar um pouco mais no homem e na religião que professo.
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