E a indignação?
A Polícia Judiciária entra nas instalações de um diário e leva de lá o computador de um jornalista - um facto inédito em 30 anos de vida democrática. Os mais ingénuos aguardariam que se levantasse um clamor de indignação das estruturas dirigentes dos jornalistas e dos profissionais da indignação fácil. Nada disso: até ao momento, foi quase como se nada acontecesse. Como se isto fosse normal. Como se isto fosse um comportamento aceitável por parte de uma justiça desacreditada, que vida transformar os jornalistas em bodes-expiatórios de todas as suas crises e de todas as suas frustrações.