Na morte de Mailer
Outono sob o signo da morte: acabo de saber que morreu Norman Mailer. Talvez não fosse o melhor dos escritores norte-americanos contemporâneos - ao nível de um John Updike, de um Gore Vidal, de um J. D. Salinger ou até de um Tom Wolfe. Não era seguramente o "novo Hemingway", como chegou a sonhar na juventude. E ninguém poderia considerá-lo um paradigma da "intelectualidade", o que aliás só lhe ficava bem. Mas escreveu Os Nus e os Mortos, sem dúvida o melhor romance sobre a II Guerra Mundial - e um dos grandes romances de todos os tempos. Não era preciso mais para merecer figurar na história da literatura. Ele, aliás, estava-se nas tintas para isso. Foi um dos motivos por que sempre o admirei.
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