A minha despedida
Gostei muito de escrever neste blogue. Tive momentos de verdadeiro prazer. Mas não estou na blogosfera para enxovalhos públicos. Não me importo de ser criticado pelas minhas ideias e acho que qualquer discussão é sempre óptima para ganhar novas perspectivas da vida. Infelizmente, há quem ande nisto com perspectivas diferentes. Num debate que devia ser apenas intelectual, Paulo Pinto Mascarenhas atingiu um ponto que para mim tem uma importância transcendente. Foi como se humilhasse um filho meu. Não desejei ofender ninguém no texto que escrevi: a minha intenção inicial era debater assuntos que me interessam e sobre os quais escrevo todos os dias. Acho que tenho vivências, leituras e conhecimentos suficientes para saber alguma coisa sobre esses temas. Já escrevi muitos disparates e fui criticado por isso. Aprendi sempre alguma coisa com essas críticas e nunca insultei ninguém. Mas, agora, que analiso estes dois anos de blogosfera, vejo que foi a primeira vez que alguém tentou enxovalhar-me em público. Tudo isto começou com uma pequena provocação inofensiva, na esperança de receber uma resposta que iniciasse conversas interessantes. Estava escrito num tom de quem não se levava muito a sério, embora os argumentos fossem válidos. Nem tinha nada a ver com Pinto de Mascarenhas, mas com Rodrigo Adão da Fonseca, que respondeu meio perplexo, mas honestamente. Teria sido uma boa conversa, a nossa, acho. Mas a intolerância entrou demasiado na nossa sociedade, está instalada e alimenta-se destas situações. É por isso que saio do Corta-Fitas. Não tem nada a ver com o Corta-Fitas, que é uma casa de gente com nível, de amigos. Tem a ver comigo. A todos os companheiros deste blogue desejo os maiores êxitos. Serei um vosso leitor fiel.