Para a pergunta: Que trouxeste da Croácia?
Da ida até à Croácia (Zagreb e Dubrovnik) trouxe a cara do jovem americano que, de mochila às costas, procurava, rua acima, rua abaixo - e sem grande resultado - o hostel onde tinha marcado dormida para essa noite; o pianista do restaurante Poklisar, a quem pedimos que tocasse a música Moon River; a simpática e energética Rosa, que nos vendeu os bilhetes de barco para visitar diferentes ilhas (Sipan, Lopud, Kolocep); o capitão das mãos grandes que conduz um leme mínimo e nos conta ter um amigo na ilha Lopud que viveu 10 anos na zona da Boavista e hoje tem uma loja de recordações turísticas chamada, precisamente, Boavista; o filho adolescente do capitão, cuja voz não oiço mas imagino; o rosto do namorado russo da minha amiga Maria - de quem eu só tinha visto uma fotografia – que reconheço numa fila do aeroporto de Frankfurt; o casal sexagenário romeno, que nos fala da visita que vão fazer à Madeira e do Amor de forma ainda entusiasmada.
As viagens, no fundo, não passam de rostos que trazemos na bagagem.
E o teu, esse, vai e vem sempre.
As viagens, no fundo, não passam de rostos que trazemos na bagagem.
E o teu, esse, vai e vem sempre.