O importante é Madeleine
Resisti quase quatro dias. Ontem, pela primeira vez, enterrei-me tenso no sofá a inteirar-me mais a fundo sobre o “Caso Madeleine” na SIC Notícias. Esta coisa quase me dá vómitos. Há um certo número de notícias às quais habitualmente resisto, "passo à frente", por confessa fuga ao incómodo da dor e ao desesperante sentimento de impotência. Normalmente escapo-me instintivamente às novelas dos incêndios de Verão, das pedofilias e demais aberrações... como o diabo da cruz.
Parece-me no entanto que, por mais incómodo que seja, o caso Madeleine é uma notícia. O caso, graças a Deus, é muito invulgar em Portugal. A mediatização destes factos é inevitável, e sem dúvida do interesse público. E não me parece que a atenção popular ao drama para já reflicta qualquer tipo de alienação de massas. Antes, acredito que o povo dispensaria de bom grado a novela decorrente e anseia apenas por um urgente final feliz. Porque quase todos somos afinal pessoas sãs e razoáveis.
Também por essa razão, como pai, recuso-me a hipotecar a liberdade da minha família cedendo à paranóia e aos “fantasmas”. Sei de antemão que o meu país (e a vida) não é, nunca foi um jardim celeste, mas nada justifica a cedência à opressão do medo, que impeça as nossas crianças de fazerem o seu caminho de crescimento, de autonomia com liberdade.
PS - Rezo a Deus por Madeleine e pelos seus pais.
PS 2 - Qualquer criança desaparecida, enquanto houver esperança, merece todos os recursos possíveis - o resto não interessa mesmo nada.
Parece-me no entanto que, por mais incómodo que seja, o caso Madeleine é uma notícia. O caso, graças a Deus, é muito invulgar em Portugal. A mediatização destes factos é inevitável, e sem dúvida do interesse público. E não me parece que a atenção popular ao drama para já reflicta qualquer tipo de alienação de massas. Antes, acredito que o povo dispensaria de bom grado a novela decorrente e anseia apenas por um urgente final feliz. Porque quase todos somos afinal pessoas sãs e razoáveis.
Também por essa razão, como pai, recuso-me a hipotecar a liberdade da minha família cedendo à paranóia e aos “fantasmas”. Sei de antemão que o meu país (e a vida) não é, nunca foi um jardim celeste, mas nada justifica a cedência à opressão do medo, que impeça as nossas crianças de fazerem o seu caminho de crescimento, de autonomia com liberdade.
PS - Rezo a Deus por Madeleine e pelos seus pais.
PS 2 - Qualquer criança desaparecida, enquanto houver esperança, merece todos os recursos possíveis - o resto não interessa mesmo nada.
Etiquetas: Quotidiano