PP (partido previsível)
Paulo Portas venceu as eleições directas para a presidência do CDS/PP. Fê-lo de forma arrasadora, como era previsível, e o seu adversário, o bem intencionado José Ribeiro e Castro, não demonstrou propriamente mau perder, mas também não saiu com grande dignidade. Digamos que não resistiu a mandar umas bocas ao senhor que aí vem, ao mesmo tempo que o sinalizou. Do género: "Olha que aquilo que me fizeste, também te posso fazer a ti, só não o farei porque não sou igual a ti". Enfim, tudo muito elevado, tudo ao nível de um partido que se diz com vocação para estar no Governo. Nem que seja como mera muleta. Da próxima vez que lá chegar, parece-me mais que poderá estar, com o mesmo Paulo Portas, ao lado de um partido de cor diferente. Mas nesse caso, será uma bengala. Essa será a aposta de Portas para o futuro. Demonstrar que tanto pode ser muleta do PSD, como bengala do PS, caso este não chegue à maioria absoluta. Segundo consta, os contactos de 15 em 15 dias entre Sócrates e Portas durante o ano passado tinham alguma na manga... A ver vamos.