Suécia: notas de viagem (I)
Água. De todas as capitais europeias que conheço, Estocolmo é a que tem uma relação mais intensa com a água. Lagos, rio, canais - e o imenso Mar Báltico a banhá-la. Um deslumbramento.
Comparações. Praga é talvez a capital mais fascinante. Paris tem um charme inultrapassável. Roma é vida e júbilo em estado puro. Viena e Budapeste revelam vestígios da antiga imponência imperial ao virar de cada esquina. Berna é uma pequena jóia. Mas Estocolmo, loura de olhos azuis (as cores da bandeira sueca), é de uma beleza incomparável.
Gamla Stan. A Cidade Velha, em sueco. A melhor zona para comer, fazer compras ou simplesmente passear. Não cansa nunca.
Saúde. Olha-se para os suecos e logo se vê que são pessoas saudáveis. Que respiram bom ar. Que praticam desporto. Durante uma semana, praticamente não vi uma pessoa obesa. Que diferença em comparação com o panorama português...
Natalidade. Crianças, muitas crianças. Carrinhos de bebés em todo o lado. Enquanto a Europa católica esqueceu o preceito de Cristo, a luterana sueca pô-lo em prática. "Ide e multiplicai-vos." Eles multiplicam-se, garanto-vos. Os incentivos à natalidade postos em prática pelo Governo de Estocolmo foram um sucesso. Um exemplo a meditar. E a seguir. Se há domínio em que o Estado deve intervir, é mesmo neste.