segunda-feira, março 26, 2007

Cem anos ao serviço da humanidade


Estive a guardar para este momento o assunto verdadeiramente “quente” da semana. E cujo é o artigo, publicado na revista de domingo do Correio da Manhã, celebrando os 100 anos do soutien. Na realidade, a palavra cujo centenário agora se cumpre é brassiere, utilizada pela primeira vez em 1907, como aliás lembra o CM, pela revista Vogue.
Para um homem, a reacção perante um soutien reparte-se, em norma, nestas duas fases: Uma de admiração e espanto, boca aberta num ah! silencioso de homenagem ao divino e ao seu potencial criador. E uma outra de confronto com a realidade desvelada após a sua remoção, a qual pode ser gratificante ou quiçá de algum desapontamento.
Remover um soutien utilizando apenas uma mão foi algo que me requereu anos de treino. Não é facilmente explicável através do recurso a diagramas mas, mesmo que fosse, não partilhava convosco essa técnica tão complexa como a arte do Tai Chi, nem que me oferecessem em troca uma Coca-Cola e três sardinhas.
Reza a História que foi um objecto incendiado e vilipendiado por algumas mulheres que o associavam à opressão chauvinista. Hoje, é comovente ver os balúrdios que gastam na Intimissimi (belos posters, by the way). Mudam-se os tempos, mudam-se as copas. Mas a vida permanece, bela para a vista e suave para o tacto. Anima mundi, como diziam os antigos.

Etiquetas: