Grande Repórter
Pedro Rolo Duarte, na sua crónica de hoje no Diário de Notícias, escreve: «foi através de um blogue que eu percebi que "o jornalista sueco assassinado" era afinal Martin Adler - e é nesse mundo de opiniões livres que eu encontro a notícia e a homenagem que os jornais portugueses se esqueceram de fazer. Um sinal dos tempos, não restam dúvidas...».
A mim não sucedeu o mesmo. Aconteceu pior. Li na notícia impressa o nome do repórter, numa "breve" escrita por alguém que obviamente não o conhecia, provável adaptação de um take da Lusa. Ao visitar a casa do Francisco, confirmei que era o mesmo que me habituara a admirar nas reportagens da G.R. Não penso, no entanto e ao contrário do Pedro, que a ausência de maior destaque dado à sua morte seja pelo «facto de ser sueco e (...) mais um jornalista assassinado em serviço».
Creio, isso sim, que a grande maioria dos jornalistas pelas mãos de quem a notícia passou e a reescreveram não fazia a mais pálida idéia de quem ele era. O que me parece ainda mais sintomático.