A braços com o crime
Li mais depressa do que previa a literatura que trouxe para férias. O que fazer tão longe de casa? Rumei à primeira livraria: uma franchising da Bertrand no Funchal, bem apetrechada. Tive na mão a biografia do Kennedy e um livro que o Luís Naves aqui elogiou recentemente, Os Ditadores. Ambos demasiado volumosos: detesto ter peso em excesso na mala. Percorro as prateleiras: os livros de bolso deixaram de se editar em Portugal por falta de mercado, como a Isabel Lucas explicava recentemente num artigo bem documentado no Diário de Notícias. Sem alternativa, decido-me por três policiais: um Erle Stanley Gardner (que a Asa começou há pouco a relançar entre nós, numa colecção com excelente grafismo), um Simenon e uma Agatha Christie - a boa velha Agatha Christie a que retorno ciclicamente. Eis-me, portanto, a braços com o crime em gozo de férias. Meus caros Poirot, Maigret e Perry Mason: é um prazer reencontrar-vos.