Informação em crise
Já disse e repito: é impressionante a passividade como a gravíssima crise timorense está a ser recebida pela generalidade dos órgãos de informação nacionais. Há meia dúzia de anos, seria impensável que os principais jornais, rádios e televisões deixassem de enviar repórteres a Díli para cobrir os acontecimentos. Em tão pouco tempo, tornou-se flagrante a falta de investimento em reportagens próprias, que fariam toda a diferença: excepto a Lusa e a RTP, que mantêm delegações em Timor, estamos dependentes de agências internacionais de informação, abdicando de um olhar português sobre esta nova onda de sobressalto em Timor. Um sintoma claro da crise que por aí grassa. Pudessem os repórteres ir a convite de uma entidade oficial, poupando o dinheirinho da viagem às entidades patronais, e não faltaria um avião cheio...