O futuro da Europa (I)
Em Portugal, existe o hábito de prolongadas discussões sobre temas irrelevantes, como por exemplo futebol, que é apenas um jogo bonito de ver. A obsessão nacional ocupa as conversas de café, os debates nas televisões e as crónicas de jornais. E deixa escassa disponibilidade para falar de assuntos importantes.
É por isso que este blogue lança aqui um desafio aos seus leitores e começa a discutir um tema que vai marcar os interesses nacionais nos próximos meses e anos: o futuro da Europa.
O debate sobre o futuro da Europa decorre em vários países, mas em Portugal pouco se ouve sobre ele. Há várias vertentes, nomeadamente a reforma das instituições da União Europeia, a questão das fronteiras da Europa e as mudanças no modelo social.
Este último tema tem sido o cerne das discussões políticas em Itália, Alemanha e França. As sociedades europeias encontram-se perante um dilema difícil: como aproveitar as oportunidades da globalização e manter os privilégios sociais acumulados nas últimas décadas? Para Portugal, não podia haver assunto mais importante, mas do que se fala é do pontapé na bola.
As questões institucionais e de fronteiras têm a ver com o futuro da União Europeia. Após o chumbo dos referendos em França e Holanda, que fazer ao Tratado Constitucional? Na minha opinião, o documento não pode simplesmente ser deitado ao lixo e espero poder explicar as razões em futuros posts. A discussão sobre as fronteiras tem a ver com o alargamento da UE. Devemos excluir a Turquia ou a Ucrânia? Na minha opinião, não devemos, mas o tema é complexo.
Enfim, façam comentários, dêem a vossa opinião. Nós prometemos postar sobre o futuro da Europa. E, na boa e caótica linha editorial deste blogue, esperamos ter opiniões heterodoxas, contraditórias e até perplexas.