'ces braves gens'
De tanta algazarra blogueira à volta da guerra dos cartoons retiro pouco mais do que os assomos da velha coragem lusitana, do género: ‘Agarrem-me, que eu vou-me a eles’. Acho pouco no meio de tanto génio da geopolítica (nos princípios e na acção) subitamente descoberto. Por isso, nesta imensa barbearia que é a blogosfera (com as raras e honrosíssimas excepções do costume), apenas me chego à frente para sussurrar, mui humildemente, o seguinte:
O comunicado do MNE, Freitas do Amaral, é infeliz quanto à forma (não compete a um MNE vir discutir em público noções, mesmo que pré-primárias, de teologia e de costumes) e quanto ao fundo (não basta estar subentendida a defesa da liberdade de expressão; ela devia ser explícita). Porém (ah grande porém!), essa infelicidade não chegava para fazer dele o bombo da festa de tanto bravo.
A declaração de Vitalino Canas, em nome do grupo parlamentar do PS, equiparando “cartoonistas irresponsáveis” e “fundamentalistas violentos” (“estão bem uns para os outros”, disse o homem), é bem o sinal da confusão (de valores, pois) que vai para as bandas do Rato.